Vejo alguns colegas corredores falando “eu fortaleço, fortaleço e não melhoro” ou “já consigo fazer com tantos quilos e não fica forte”! ou então “faço o reforço mesmo assim me lesiono”.
Bom, vou tentar explicar de forma que todos entendam.
Um músculo fraco é aquele que tem sua função normal, ele consegue ser recrutado pelo sistema nervoso mas não tem as suas fibras capazes de gerar o torque necessário.
Neste caso, se você for colocando peso de forma gradual conforme os métodos de fortalecimento indicados, o músculo ganhará força, até mesmo hipertrofia com o tempo.
Já quando temos um músculo inibido, ele não tem sua função motora normal, geralmente existe uma ineficiência do cérebro em fazê-lo contrair na hora certa, da maneira correta, na intensidade correta, a fim de produzir movimentos harmônicos e equilibrados deixando o sistema músculo esquelético mais distante de lesões.
Muitas vezes conseguimos realizar o movimento pretendido graças a ação de outros músculos que não são motores primários do movimento, ou seja, não são músculos próprios para tal.
Daí a impressão de que estamos ficando mais forte. Na verdade, estamos reforçando um padrão errado do corpo.
Este padrão incorreto gera um esforço maior que o normal e como consequência podem vir as lesões.
Corrigir estes padrões errados de movimento exige algo além de força. Exige reaprender a ação, reprogramar a musculatura. Ativar músculos inibidos.
Este trabalho de reaprender o movimento pode exigir tempo, paciência e perícia do fisioterapeuta para identificar os erros e ajudar o paciente a corrigi-los.
Para se avaliar a força, temos os testes de força isolada. Seja manual ou dinamometria.
Este último nos dará uma medida objetiva deste quesito. Para se avaliar a ativação muscular temos os padrões de movimento.
Existem diversos testes para se avaliar padrões de movimento.
Ambos são partes importantes da avaliação fisioterápica e podem fazer a diferença tanto na prevenção como no tratamento das lesões na corrida.
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AUTOR

Fisioterapeuta, professor, maratonista e especialista em Fisioterapia Esportiva e Ortopédica. Através do Correr sem Lesão, Alexandre percebeu a necessidade de muitas pessoas em ter acesso a um conhecimento mais aprofundado sobre prevenção de lesões – algo que pudesse ajudar na preparação para provas e com baixo custo. Um conteúdo online embasado cientificamente no que há de mais recente no mercado, aliado à experiência de 20 anos de prática profissional e 18 maratonas para quem quer conduzir melhor os treinos de acordo com o objetivo pessoal.
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